segunda-feira, 7 de maio de 2007

História Conceitual do Rock Progressivo - Parte Um


Rock Progressivo

O rock progressivo (prog), surgido na Inglaterra, é um dos estilos de rock que amarga menos popularidade atualmente. Geralmente, só é apreciado por metaleiros e músicos que não comentam muito sobre o seu gosto "underground".
No entanto, há um punhado de anos atrás, o rock progressivo era o que havia de grande pra se escutar no mundo do rock.

O que é?

O Rock Progressivo, conceitualmente, se propõe a superar os limites - estéticos e conteudistas - do que, comercialmente, está em vigor no cenário do rock. Em um universo menor, o artista ou banda de rock progressivo desafia-se a mudar sempre, de álbum para álbum ou, o que ocorre freqüentemente, de faixa para faixa no mesmo disco. Para conseguir estes efeitos, eles tiveram de realizar muitas experimentações e misturas.
As primeiras bandas pegavam elementos da música clássica e do jazz fusion para dar cara nova às suas canções. Com o passar dos anos (e das décadas), muitas novas misturas foram sendo realizadas e dando origens a sub-gêneros do rock progressivo, tais como o metal progressivo, o post-rock, o krautrock, R.I.O., entre outras.
Uma das marcas registradas do prog são as músicas gigantescas, que ultrapassam os vinte minutos de duração, chegando até mais de uma hora em certos casos.

Quando?
O marco para a concretização da cena progressiva é o lançamento do LP "In the court of the Crimson King", da King Crimson, em 1969. Mas antes disso, ainda em meados dos anos 60, já existiam bandas importantes como The Nice e Soft Machine. No entanto, o King Crimson que alavancou o surgimento de bandas importantíssimas e que popularizaram o estilo. Entre elas, vale citar: Genesis, Yes, Pink Floyd, Emerson, Lake and Palmer (ELP) e Jethro Tull. Todas essas bandas eram bem diferentes antes do poético "In the court of the Crimson King", só que a influência do novo som foi tamanha que eles migraram para o novo estilo.
Na época, a cena Hippie já mostrava um certo declínio, e o Progressivo cresceu com isso, pois apresentava um conteúdo e uma estética complexos e mais obscuros também, reflexo dos medos acentuados pela Guerra Fria e pelas ditaduras.
Logo de começo, o Progressivo arrebatou fãs na Europa e em alguns países da América Latina.

King Crimson - In The Court of Crimson King


Como se originou?

O Progressivo surgiu do Rock Psicodélico misturado a elementos já referidos (música clássica e jazz fusion). Por isso, assinala-se os Beatles como uma das grandes influências. Grupos alemães, como o Tangerine Dream, introduziram o uso dos sintetizadores na música psicodélica produzida, e logo o instrumento migraria para o rock progressivo. Basicamente, o rock psicodélico continuaria a inovar sem muita preocupação com a ordenação do trabalho. Enquanto isso, o rock progressivo, que pode então ser visto inicialmente como vertente do rock psicodélico, leva a frente um experimentalismo mais trabalhado, porém menos espontâneo.

Genesis - Musical Box

Phil Collins na bateria e Peter Gabriel nos vocais.

Alguns álbuns essenciais:




















2 comentários:

Anônimo disse...

Gostei do post: Curto, bem ilustrado pelos vídeos, linguagem clara. Bastante elucidativo sobre as origens do prog.

Ótima a idéia de disponiblizar o álbum para baixar, e legal o Nota Pública ter sua primeira série de postos sobre um mesmo tema.

Só uma observação: O pós-rock é filho do rock progressivo, mas não subgênero. Pode até ter nascido como tal, mas não é mais... Ele pega muitos elementos de New Age e do indie. Seria um erro, então, classificá-lo como subgênero do progressivo.

No mais, tá ótimo!

Marcelo Oliveira disse...

O post-rock como sub-gênero do rock progressivo é algo questionável. Alguns críticos afirmam que sim, outros que não. No site www.progarchives.com, o maior banco de dados sobre Rock Progressivo, o post é considerado sub-gênero.

Particularmente, penso que o Post já superou a pecha de sub, para ser gênero!

Quem escreveu o post deve ser aliado de certos puristas...